ALE aprova fim de ofensiva do governo de AL contra aposentados e servidores

Para Antônio Albuquerque, o respeito aos servidores o motivou a subscrever o requerimento para votação do destaque. Segundo ele, ao defender a devolução dos valores descontados, tenta fazer justiça aos que foram penalizados neste período. “Fui acusado de manobrar para prejudicar os servidores aposentados e pensionistas quando pedi a suspensão da matéria lá atrás. Agi desta maneira para que se permitisse uma reflexão e a consequente mudança na votação para contribuir ainda mais com os inativos”, avaliou.

Ele ressaltou a aprovação da emenda aditiva, apresentada pelo deputado Bruno Toledo (PROS), que retroagiu o fim da contribuição aos que estiverem no parâmetro do benefício especial para 1º de junho, obrigando o Governo do Estado a elaborar uma folha suplementar para contemplar a mudança aprovada na Casa.

Neste sentido, o deputado Davi Maia (DEM) opinou que a reforma previdenciária ideal seria aquela em que os descontos fossem feitos de maneira escalonada, de acordo com o salário recebido pelo servidor. “Quem recebesse menos, contribuiria menos. Quem ganhasse mais, o desconto seria maior. Enfim, mas o consenso aqui foi para que o desconto fosse eliminado a partir de junho. Mais tarde, o governador vai querer fazer uma live para parecer ser o bom moço, mas os funcionários públicos do Estado sabem quem é Renan Calheiros Filho”.

Na mesma sessão, Tarcizo Freire (PP) rebateu a acusação de ser o ‘traidor’ da Assembleia no projeto de mudança da Previdência Social. Ele disse que votou a favor do fim do desconto e, por isso, estava ao lado do servidor. “Esta Casa vai trabalhar para que as contribuições sejam devolvidas e, assim, se corrija o equívoco do governador”.

Quando pediu a palavra, para repercutir a votação do PLC 85/2021, o deputado Ronaldo Medeiros (MDB) causou polêmica ao classificar as emendas apresentadas pelos colegas para modificar o referido projeto como inconstitucionais. Ele citou artigos e posicionamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) para fundamentar a declaração que fez, sendo rebatido pela deputada Jó Pereira, autora de uma série de emendas, todas rejeitadas pelo bloco governista, maioria no Parlamento.