06/03/2023
“É preciso lembrar que durante os plantões são apenas dois agentes, um escrivão e um delegado para dar conta de toda a demanda das regionais de Arapiraca e de Palmeira dos Índios, que correspondem a quase vinte municípios. Fica difícil para uma equipe tão pequena atender com a agilidade que os policiais militares querem”, declarou Antônio Carlos Lessa.O presidente da Adepol se refere a um vídeo publicado no final de semana pelo 7Segundos que mostra 12 viaturas paradas em frente à Central de Polícia de Arapiraca. As guarnições da Polícia Militar aguardavam o registro de ocorrências, algumas delas com acusados de crimes.
“O delegado Oldemburgo atendeu completamente a demana durante o plantão. Ele tem mais de 35 anos de carreira e nunca aconteceu nada que desabonasse a sua conduta”, defendeu o presidente da Adepol.
Em relação ao caso do homem conduzido para a delegacia após ser flagrado com pinos de cocaína e posteriormente liberado, Lessa afirma que a prerrogativa da decisão de lavrar o auto de prisão é do delegado. “Só o delegado é quem pode tipificar o crime, esse poder descricionário é dele, e não de policiais militares. E Oldemburgo agiu dentro da legalidade”, ressaltou.
Carência de delegados
O presidente da Adepol atribuiu à reclamação da demora nos procedimentos durante os plantões de final de semana à carência na quantidade de delegados em Alagoas. Antônio Carlos Lessa lembrou que o último concurso para a categoria aconteceu em 2013 e que atualmente há uma carência de aproximadamente 60 delegados no Estado.
“É justamente devido essa carência que algumas delegacias regionais ficam com as portas fechadas nos finais de semana, provocando um aumento da demanda naquelas que ficam abertas. Mas o Estado já está preparando um concurso, que vai abrir 50 vagas para contratação imadiata e outras 50 vagas para caastro de reserva. Esse concurso, juntamente com o concurso para policiais civis, que também foi anunciado, certamente irá resolver essa questão”, justificou.
Na matéria publicada pelo 7Segundos sobre o caso, o diretor da Polícia Judiciária da Região, delegado Alexandre Leite, informou por meio de nota que havia tomado conhecimento que o portão de acesso da Central de Polícia de Arapiraca estava fechado, enquanto a equipe plantonista permanecia no local. Segundo ele, o fato será apurado e providências serão tomadas.